Tudo sobre próteses de silicone
Cirurgias plásticas

Tudo sobre próteses de silicone

As próteses de silicone são implantes produzidos com material sintético que podem ser colocadas nos seios, nádegas ou outras regiões do corpo com o objetivo de aumentar do volume.

Índice:

A cirurgia mamária é a mais comum, sendo que nesses casos as próteses de silicone podem ser usadas tanto para fins terapêuticos, como reconstrução das mamas, como também estéticos, como aumento do volume mamário, correção de assimetrias e melhora do contorno corporal.

Compreender quais os tipos de próteses de silicone existem, a diferença entre os materiais e quais os riscos que o implante pode oferecer às pacientes é essencial. Saiba mais!

Qual material é usado nas próteses de silicone?

As próteses de silicone são sempre preenchidas por silicone coesivo, semelhantes a um gel semi-sólido, o que torna o risco de vazamentos menor. Em alguns casos, mesmo com o rompimento da cápsula, não há indícios de extravasamento do gel do interior da prótese. Dessa forma, o indicado é que a mulher faça o acompanhamento com o médico responsável pelo menos uma vez ao ano.

Diferentemente do preenchimento, as próteses podem ser revestidas (cápsula) por diferentes materiais sendo que a escolha para o caso depende da opção do cirurgião em conjunto com a paciente. No mercado brasileiro existem duas opções autorizadas pela Anvisa:

Cápsula de Silicone

As próteses com revestimento de silicone são as mais utilizadas no Brasil. Entre as próteses com cápsula de silicone temos ainda as de superfície lisa, micro ou macrotexturizada.

As próteses com revestimento de silicone sofreram grande evolução nos últimos anos sendo extremamente resistentes. Para mostrar a força deste material, alguns testes já foram realizados no qual um carro passava em cima desta prótese sem que a prótese estourasse.

Uma vantagem deste tipo de revestimento é que no momento da troca, quase inevitável neste tipo de cirurgia (sim, as próteses não são definitivas!), o procedimento é menos traumático que com as próteses revestidas com poliuretano.

Cápsula de Poliuretano

Apesar de o preenchimento ser também de silicone coesivo este tipo de prótese é revestida por um material denominado Poliuretano. A olho nu, esse material é semelhante a um tecido macio e poroso, como uma espoja fina. Menos comum no Brasil do que as próteses de cápsula de silicone, as próteses de Poliuretano têm a característica de aderir mais fortemente ao tecido mamário. Por um lado, essa pode ser uma vantagem, já que diminui o risco de deslocamento da prótese, mas por outro, tem a desvantagem de dificultar a troca em cirurgias futuras.

Qual o tamanho e formato ideal das próteses?

Um tamanho adequado das próteses de silicone pode ser bastante subjetivo, pois, depende de diversas características da paciente em si e suas expectativas. Em geral, as próteses variam de 150 ml a 600 ml de volume sendo que as próteses entre 250ml e 350ml estão entre as mais utilizadas. Além do volume, o formato e a projeção das próteses são levados em consideração no momento da escolha do implante ideal.

O cirurgião plástico considera então características da paciente como altura, largura do tórax, tamanho dos ombros e quadris, tamanho e formato das mamas originais e características do implante como:

  • Formato;
  • Volume (medido em mililitros);
  • Projeção (a altura do ponto mais alto da prótese quando colocada em uma superfície com a base voltada para baixo). Pode ser baixa, moderada, alta ou extra alta.

Na maior parte dos casos, a maior referência para a escolha da prótese é a largura do tórax da paciente e o desejo dela em relação ao tamanho final. A partir dele, é escolhido o diâmetro da prótese e então as possibilidades de volume dentro daquele diâmetro. Por exemplo, se o tórax da paciente comporta uma prótese com diâmetro de 10 cm, pode ser escolhida um volume variando a projeção do implante.

Deste modo, considerando o mesmo diâmetro, quando maior a projeção, maior o volume final. No momento da escolha do volume, é importante ressaltar que o tecido mamário original vai diminuir cerca de 10-20% pelo efeito compressivo do implante ao longo do tempo.

Além do volume e diâmetro, existem outras variações entre os implantes que podem trazer possibilidades diferentes quanto ao resultado. Veja a seguir algumas considerações quanto aos formatos disponíveis no mercado brasileiro.

Prótese Cônica

A prótese de silicone cônica possui menor base e maior projeção, proporcionando um aspecto mais pontudo em relação às demais. Esse formato faz com que o volume se concentre no meio da prótese, fazendo com que os seios, especialmente os mamilos, fiquem projetados à frente. Não é o mais utilizado, mas pode trazer resultados muito bons dependendo do caso.

Prótese Redonda

Uma opção bastante escolhida entre as mulheres é a prótese de silicone redonda, que fornece mais proporção entre as diferentes partes dos seios, deixando-os bem desenhados e redondos.

Esse formato das próteses de silicone oferece um efeito empinado aos seios, marcando a região acima do tórax, sendo indicado para mulheres que querem um resultado entre o salientado e o natural.  É o formato mais utilizado no Brasil.

Prótese anatômica ou em gota

As próteses de silicone com formato anatômico ou em gota são as que mais se aproximam do formato natural dos seios. Dessa forma, elas deixam o colo menos marcado que as demais, mas atende ao objetivo de aumentar o volume dos seios.

Devido à naturalidade do resultado, esse tipo de prótese é bastante usado em casos de reconstrução das mamas, principalmente em mulheres que precisaram retirar os seios devido o câncer de mama.

Quais os riscos do uso das próteses de silicone?

Apesar de pouco frequentes, os riscos mais observados são aqueles relacionados com a cirurgia em si, como hematomas, infecções ou ruptura acidental do implante.  Para estes riscos, a boa técnica e o cuidado durante o procedimento fazem a diferença.

A longo prazo, o risco mais conhecido é o de contratura capsular que consiste na formação de uma “bolsa” de cicatriz ao redor da prótese. Esta seria uma forma de isolar o corpo estranho do organismo. Apesar de na grande maioria dos casos esta reação não causar sintomas muito evidentes, em uma parcela pode ocorrer endurecimento, deformação e dores na mama acometida. Este seria um dos motivos para a troca das próteses. Para se ter uma ideia, a contratura capsular acomete 8% das pacientes após 10 anos da cirurgia.

Estudos mais recentes têm relacionado alguns tipos de prótese ao aparecimento de uma doença rara denominada Linfoma Anaplásico de Células Grandes. Apesar disso, ainda faltam estudos que comprovem a ligação clara entre a doença e o material e a boa notícia é que, quando corretamente diagnosticada, a cura ultrapassa 90%.

Enfim, pode-se dizer que anos de estudos no que se refere às próteses de silicone não conseguiram comprovar que esse tipo de implante oferece riscos comprovados aos pacientes, sendo que o uso é permitido por organizações de saúde como a Anvisa no Brasil e a FDA nos Estados Unidos.

Apesar de a necessidade de troca da prótese ser um receio comum, as próteses de silicone não têm prazo de validade. O que deve ser feito são avaliações periódicas com o cirurgião para avaliar a prótese e necessidade de troca.

Qual o preço das próteses?

Atualmente, os custos das próteses de silicone de qualidade variam de R$ 2.000 a R$ 4.000 reais o par, no entanto, esse valor refere-se exclusivamente ao valor da prótese em si (que também pode mudar de acordo com o material, características e fornecedor).

O valor não inclui custos com médicos, exames, internação e outros associados à realização do procedimento de implante. Esses valores só podem ser informados pelo profissional após avaliação do caso e em consultório, conforme regulamentação do Conselho Federal de Medicina.

Enfim, a utilização de próteses de silicone é uma opção segura e que traz bons resultados a médio e longo prazo em procedimentos bem indicados e executados. Não é à toa que corresponde à cirurgia plástica mais realizada em países como o Brasil e os Estados Unidos.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP);

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);

Food and Drug Administration (FDA) –  Estados Unidos.

 

Você tem alguma dúvida?

Estamos aqui para conversar e auxiliar nas suas escolhas.

Entre em Contato